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2017 foi o melhor ano de sempre para o turismo em Portugal

Os dados ainda não são oficiais, mas o turismo em Portugal prepara-se para alcançar o melhor resultado de sempre. Uma atividade que cresce quatro vezes mais do que a economia nacional e que irá manter, ou até mesmo crescer, o seu peso no PIB em 2018.

2017 foi um ano de consagração de Portugal no que respeita a prémios internacionais, ao ser distinguido, entre outros, com o prémio de Melhor Destino Turístico do Mundo, atribuído na cerimonia dos World Travel Awards.

Segundo dados do INE, a atividade turística teve um alargamento a todo ano, fazendo crescer assim o seu período mais fraco, a época baixa. Em outubro Portugal recebeu 2 milhões de hóspedes, 5,3 milhões de dormidas e 323,5 milhões de euros de proveitos, o que representa crescimentos na ordem dos 8,7%, 6,4% e 18,6%, respetivamente, enquanto no passado mês de setembro os crescimentos tinham sido de 8% nos hóspedes, 5,3% nas dormidas e 17,8% nos proveitos. Especialistas apontam mesmo o turismo como o principal responsável pela redução da taxa de desemprego.

Grande parte deste sucesso passa por Lisboa. Lisboa deverá ter tido um crescimento na ordem dos 10% em número de hóspedes, acompanhado por um crescimento de 20% da rentabilidade da hotelaria. Ao nível das nacionalidades, a procura pela capital recai em primeiro lugar para os francesses, seguidos dos espanhóis e alemães. Em destaque está também a procura por parte de turistas de mercados como o brasileiro, russo, norte-americano e do reino-unido.

A Associação da Hotelaria, da Restauração e Similares de Portugal (AHRESP), pelo seu diretor-geral José Manuel Esteves, já veio alertar que este crescimento está a criar um “estrangulamento do mercado de trabalho nacional e uma escassez de mão-de-obra qualificada, o que coloca graves problemas na qualidade da nossa oferta turística.”

O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC, na sigla em inglês) já apontou os cinco grandes riscos que as cidades enfrentam quando a popularidade se transforma em sobrelotação. São eles: habitantes empurrados para fora das cidades, experiência turística desvirtuada, infraestruturas sobrecarregadas, impactos negativos sobre a natureza e ameaças à herança cultural.

Para evitar estes riscos, estes destinos turísticos devem distribuir turistas no tempo e geograficamente, ajustar o preço à oferta/procura e regular a oferta de alojamento.